A economia brasileira criou 46 mil vagas formais de trabalho em novembro, resultado 7,86% superior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 42,7 mil empregos com carteira assinada, na série sem ajuste sazonal, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Esse aumento na criação de vagas formais, na comparação com novembro do ano passado, foi puxado pelo melhor desempenho em apenas três setores de oito setores pesquisados: comércio, indústria e agricultura.
As demissões superaram as contratações nesses dois últimos segmentos, só que o fechamento de vagas no mês passado foi inferior ao apurado em novembro do ano passado.
O comércio criou mais empregos, passando de 107,9 mil novos postos de trabalho, em novembro de 2011, para 109,6 mil vagas geradas no mesmo mês deste ano. A indústria de transformação fechou 26,1 mil empregos com carteira assinada no mês, ante a demissão líquida de 54,3 mil pessoas, em novembro do ano passado.
Números semelhantes foram registrados na agricultura, que também demitiu no mês passado, só que em ritmo inferior ao de 2011. Foram fechadas 32,7 mil vagas em novembro deste ano, ante 42,3 mil postos de trabalho encerrados no mesmo mês do ano passado.
O saldo de novembro ficou acima da média das projeções apuradas pelo Valor Data, de 23 mil novas vagas no mês. O intervalo das estimativas variou entre 7,5 mil a 40,5 mil postos de trabalho criados. Em novembro, foram registradas 1.624.306 contratações e 1.578.211 demissões, o que resulta no saldo do mês (46.095).
No acumulado do ano, foram gerados 1.771.576 postos de trabalho com carteira assinada. E, em 12 meses, o Brasil criou 1.369.108 empregos formais. Isso porque o mês de dezembro, sazonalmente, registra mais demissões que contratações. A previsão do Ministério do Trabalho é que sejam gerados, medidos pelo Caged, 1,4 milhão de postos de trabalho neste ano.
O setor de serviços – conhecido por ser um dos que mais gera empregos no país – criou 41,4 mil novos empregos formais em novembro, mas esse ritmo foi menor que o de novembro do ano passado, quando foram geradas 54 mil vagas com carteira assinada no setor. Já a construção civil apresentou demissão líquida maior neste ano, passando de 22,8 mil vagas fechadas em novembro de 2011 para 41,6 mil postos de trabalho encerrados no mês passado.
O levantamento é feito com oito setores. Portanto, os segmentos restantes (administração pública, serviços industriais de utilidade pública, e extrativa mineral) tiveram um resultado pior que no ano passado também. As comparações são pelos dados sem ajuste do Caged, ou seja, aqueles que não consideram as declarações de criação ou fechamento de vagas de empregas entregues fora do prazo.
Fonte: Valor Econômico